A expansão do setor turístico, assim como a comercialização do passado, traz novos desafios para a Arqueologia. Esta dissertação permite o olhar sobre algo que está presente e influenciando as formas como a comunidade e o sítio se relacionam através do turismo. A vila de Joanes é um destino turístico muito frequentado por turistas brasileiros e estrangeiros, e durante as férias e os feriados prolongados os moradores ainda recebem familiares e amigos em suas casas, chegando a quadruplicar o número de pessoas na vila. O Sítio de Joanes (PA-JO46) compõe a paisagem cultural desta pequena comunidade. No local há as ruínas da Igreja de Nossa Senhora do Rosário, além de fragmentos de metais, louças, ossos e cerâmicas, que indicam ocupação pré-colonial existente antes do estabelecimento de uma missão religiosa em Joanes. A partir de um diálogo interdisciplinar entre Antropologia, Arqueologia e Turismo, esta pesquisa busca compreender a dinâmica do turismo na vila de Joanes; identificar as influências do turismo na vila, na compreensão dos joanenses e entender como o sítio é incorporado pelo turismo local. Com base nas narrativas dos joanenses foi possível refletir sobre as relações estabelecidas entre os moradores, o sítio de Joanes e as práticas turísticas, assim como os usos que os sítios arqueológicos assumem em contextos turísticos.
Sítio Arqueológico, Turismo e Comunidade Local: Reflexões a Partir do Olhar dos Moradores da Vila de Joanes – Ilha do Marajó/Amazônia
Maíra Santana Airoza
Orientador(a)
Edna Ferreira Alencar
Curso
Antropologia
Instituição
UFPA
Ano
2016