Antes da emancipação política de Tomé-Açu em relação ao município de Acará, no Pará, essa região era conhecida como colônia do Vale do Acará, ficando com esta nomenclatura até 1959. Em meados da década de 50, a economia dessa região já atraia sujeitos de vários municípios paraenses, especialmente os cametaenses, devido às oportunidades de trabalho na agricultura da pipper nigrum (pimenta-do-reino), introduzida em 1933, pelos imigrantes japoneses, que por lá desembarcaram em 1929, mediante incentivo do então governador, Dionísio Bentes. Assim, esta dissertação recupera a “saga migratória” dos cametaenses para Tomé-Açu: recrutamento, traslado, chegada, contato com os nipônicos, cotidiano, entre outros aspectos relevantes nesse processo de deslocamento que levou milhares de pessoas a deixar seus lares, no município de Cametá, e descer o rio Tocantins em busca de melhores condições de vida, servindo de mão de obra nas atividades agrícolas dos nipônicos. Por meio de fontes bibliográficas, imagéticas, relatos orais e legislações, tecemos trilhas para a compreensão dos fatores motivacionais que levou essa população do Baixo Tocantins a partir para as terras de pimentais.
Rumo às Terras de Pimentais : Migração de Cametaenses Para Tomé-Açú e os Japoneses, Décadas de 1950 – 1970
Raimundo Nonato Lisboa Clarindo
Orientador(a)
Francivaldo Alves Nunes
Curso
História
Instituição
UFPA
Ano
2024