Nesta dissertação, investigamos a produção científica nacional sobre o fazer clínico em Gestalt-terapia, analisando artigos científicos produzidos no Brasil na década compreendida entre 2004 a 2014 em busca das tendências metodológicas, formas de manejo psicoterapêutico e se as pesquisas seguem ou criam modelos teóricos na atuação dos gestalt-terapeutas. Nas bases de dados CAPES e BVS, Pepsic, Lilacs, Scielo e Bireme, com a palavra-chave “Gestalt-terapia”, identificamos 52 produções, dentre as quais foram integralmente analisadas 45, com destaque para a tendência metodológica da fenomenologia, sendo o exercício clínico compreendido pela noção de clínica ampliada e baseado na compreensão de campo, quando o gestaltterapeuta é o próprio instrumento para intervenções, podendo ocorrer uso de recursos (experimentos, ludicidade, arteterapia) e/ou o apoio da rede de relações interpessoais do cliente. Observamos o acolhimento e o respeito no manejo clínico como parte do encontro genuíno profissional-cliente, sendo necessários na atuação do gestalt-terapeuta, assim como a aplicação da teoria de campo e organísmica e a compreensão de psicopatologia na ótica gestáltica. Destacamos dos artigos a importância da relação dialógica e o objetivo do processo psicoterápico pela ampliação da consciência e constituímos as linhas de pesquisa sobre metodologia qualitativa fenomenológico-existencial, sobre teoria da Gestalt-terapia e sobre contexto clínico, todavia sendo necessários mais estudos para abrangência de outras modalidades de produções científicas não contempladas neste recorte teórico.
Revisão Integrativa da Produção Científica Gestáltica No Brasil Entre 2004 e 2014
Ana Paula Chagas Monteiro Leite
Orientador(a)
Adelma Pimentel
Curso
Psicologia
Instituição
UFPA
Ano
2016