Esta tese nasce da minha participação como trabalhadora da Escola Judicial do Estado do Pará (EJPA) há vários anos. O tema escolhido foi a produção da subjetividade do currículo da EJPA de 2016 a 2023. A tese afirmada é que este currículo produz paradoxos, ao mesmo tempo em que tensiona as práticas de colonialidades em diversos aspectos no Poder Judiciário, também produz judicialização e psicologização. As perguntas de pesquisa foram: Que subjetividades o currículo da EJPA produz? Que saberes e poderes são articulados nesse currículo? A metodologia do estudo foi a pesquisa documental e histórica, a partir da genealogia e da História Cultural. O objetivo geral foi analisar as práticas curriculares da EJPA de 2016 a 2020 em termos de saber, poder e subjetivação. Os objetivos específicos foram: a) problematizar as práticas de judicialização e psicologização do currículo da EJPA; b) analisar as práticas de saber, de poder e subjetivação no currículo da EJPA. A pesquisa é importante porque a EJPA realiza a formação da magistratura e da equipe mutidisciplinar de todo o estado e faz parte de ações de democratização do Poder Judiciário brasileiro. Não há pesquisas sobre esta EJPA na Psicologia no país. Portanto, esta tese é original. Entre os resultados, é possível destacar que apesar da EJPA trazer relevantes contribuições na formação mais democrática, produz um currículo que judicializa e psicologiza as práticas jurídicas. Há resistência e criação da diferença nas práticas de formação realizadas, porém, uma tensão e um paradoxo ocorrem no cotidiano da educação realizada, conforme as propostas curriculares da EJPA.
Práticas Curriculares da Escola Judicial do Poder Judiciário do Estado do Pará e Produção da Subjetividade
Michelle Ribeiro Corrêa
Orientador(a)
Flávia Cristina Silveira Lemos
Flávia Cristina Silveira Lemos
Curso
Psicologia
Instituição
UFPA
Ano
2024