Este projeto visa compreender a política faroleira na Costa Norte-Atlântica brasileira, a partir da criação do antigo Farol das Salinas – PA e a barca-farol de Bragança, analisando a atuação dos faróis e em sentido amplo, da Marinha de Guerra durante as décadas de 1850 a 1880. O período é demarcado por questões que afetaram diretamente a navegação e a sociedade brasileiras como a Lei Eusébio de Queirós de 1850 e a abertura do Rio Amazonas para embarcações estrangeiras em 1866. A pesquisa buscará responder questões levantadas a respeito da vigilância na Costa Norte-Atlântica, no Grão-Pará, onde a força naval exerceu um papel fundamental contra o tráfico de africanos e entrada estrangeiras desautorizadas, além de garantir a segurança da navegação. Com isso, o papel dos faróis no Império foi de extrema relevância por representar os olhos vigilante da Marinha de Guerra ao litoral atlântico e cumprimento das medidas assumidas pelo Império em relação à pressão antiescravista internacional da Inglaterra. Além da questão o tráfico, trabalharei a abertura de rios da Amazônia às embarcações de nações amigas, dimensionando a política faroleira e os sujeitos que dependiam da sinalização e das águas para sobreviver. Para entendermos como essa a engrenagem funcionava, identificarei quem eram os sujeitos envolvidos com faróis, sinalização e vigilância da costa paraense até o final da década de 1880, quando a escravidão fora abolida e os impactos da navegação a vapor já atingiam grande expressão no movimento de navios mercantes e militares na região. A pesquisa em questão, será sustentada em duas linhas historiográficas, são respectivamente: tráfico e escravidão no Brasil no século XIX, história militar.
Política Faroleira na Costa Norte-Atlântica do Brasil: Sinalização, Segurança e Vigilância a Partir dos Faróis de Salinas e Bragança – Pará (1852- 1890), A
Matheus Gomes de Lima
Orientador(a)
William Gaia Farias
Curso
História
Instituição
UFPA
Ano
2024