Este estudo desenvolveu uma investigação e sistematização da história do Palácio Antonio Lemos, conhecido como Palacete Azul, centro do poder executivo do município de Belém. As pesquisas compreenderam uma análise deste monumento histórico, avaliando sua construção, percorrendo sua trajetória e a presença dos homens que ocuparam a principal cadeira do palácio ao longo destes 136 anos. O período estudado estabeleceu-se desde o planejamento do prédio até a exposição ali realizada em 2013, como parte das efemérides dos 100 anos da morte de Antonio Lemos. Foram evidenciados os anos de construção, os agentes que contribuíram para as obras, a inauguração em 1883, a posse de Lemos em 1897, as festas cívicas que aconteciam em frente ao palácio, e as restaurações de 1900, 1911, 1926 e 1973. Esta última chama a atenção por ter sido realizada para receber os restos mortais do intendente Lemos, que vieram para o palácio e foram inumados ali, no mesmo ano em que a denominação de Palácio Antonio Lemos se consolidou, pois, anteriormente era chamado de Palácio Provincial e, depois, Municipal. Outra grande e destacada restauração foi realizada de 1989 a 1994, quando o palácio abriga o Museu de Arte de Belém (MABE), que, entre várias ações, inventariou, tombou e ampliou o acervo da antiga Pinacoteca Municipal, consolidando a coleção no palácio e transformando-o em um símbolo das artes na cidade e no estado. O Palácio Antonio Lemos representa um lugar da memória, um lugar das práticas culturais e, ao mesmo tempo, pelos aspectos da trajetória percorrida e por todos os outros que representa e absorveu em seu repertório historiográfico, se constitui um símbolo do poder e da arte, por abrigar a Prefeitura e a maior coleção de artes sobre a cidade de Belém.
Palácio Antonio Lemos: História, Arte e Representação do Poder em Belém do Pará (Século XIX e XX), O
Rosa Maria Lourenço Arraes
Orientador(a)
Aldrin Moura de Figueiredo
Curso
História
Instituição
UFPA
Ano
2019