Na Amazônia colonial praticamente tudo girava em torno dos rios. Os rios eram os caminhos, as vias fluviais por excelência; eram eles que interligavam o sistema de vilas e lugares portugueses; eram o meio de circulação no qual as relações entre os indígenas se davam antes da colonização, e vão ser o meio onde relações entre indígenas e europeus se darão durante e após a colonização. Nesse sentido, e partindo das discussões da Nova História Indígena, esta Dissertação procura perceber como índios (oficiais canoeiros, remeiros e pilotos) estavam inseridos dentro do universo dos rios na Amazônia do século XVIII, como mão de obra para a construção de embarcações e para remar e pilotar as ditas embarcações. Dimensionar a atuação dos indígenas dentro dos três assuntos distintos retratados aqui – rios, embarcações e remeiros e pilotos –, mas que mantêm vinculo umbilical entre si, foi essencial para mostrar que na Amazônia colonial portuguesa a mão de obra indígena foi mais que um mero recurso, ou uma simples porta de escape. Foi fundamental.
Oficiais Canoeiros, Remeiros e Pilotos Jacumaúbas: Mão de Obra Indígena na Amazônia Colonial Portuguesa (1733-1777)
Elias Abner Coelho Ferreira
Orientador(a)
José Alves de Souza Junior
Curso
História
Instituição
UFPA
Ano
2016