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Maricota Apinajé: Uma Mulher-Patrimônio em Tramas de Saberes

8 de Abril, 2025 . Teses Lilian Castelo Branco de Lima

Este trabalho envereda-se pelos caminhos apinajé. Etnia que pertence ao tronco linguístico Macro-Jê e habita o norte do estado do Tocantins. Esse grupo indígena se organiza em 35 aldeias que formam a Terra Indígena Apinajé, demarcada e homologada pelo governo brasileiro. Por esse mundo, que antropólogos como Roberto DaMatta (1976) denominam como dividido, busco analisar seus patrimônios culturais (Gallois 2006; UNESCO 2006), com base nas histórias auscultadas e nas sensibilidades ouvidas/sentidas/vivenciadas. Vozes que apontam Maricota como um patrimônio apinajé, por isso, o foco é direcionado para essa importante representante da tradição de seu povo. Para tal, sigo os caminhos da História Oral, observando as pistas de Alessandro Portelli (1997a; 1997b; 2010), conduzida pelas ideias dos intelectuais da Memória Social, para a construção de uma etnobiografia (Gonçalves; Marques; Cardoso 2012) de Maricota. Observo neste trabalho a interrelação entre memória, práticas culturais e patrimônio, em um exercício conduzido pelas orientações de Bronislaw Malinowski (1976) para uma etnografia do sensível, atenta para a simultaneidade das dimensões do material, da organização social, da linguagem e do simbolismo para analisar as práticas culturais desse povo. E as trilhas que percorri me levam a considerar que entre os Apinajé existem pessoas que materializam a tradição em seus corpos e assim são reconhecidas pelos demais indígenas da aldeia como um patrimônio, entre eles: Maricota se destaca pela participação efetiva na vida da comunidade e pelos saberes que detém e transmite. Dessa forma, com base neste trabalho, que parte do indivíduo para conhecer a sociedade, pude compreender aspectos relevantes do patrimônio cultural apinajé.

Autor(a)

Lilian Castelo Branco de Lima

Orientador(a)

Agenor Sarraf Pacheco

Curso

Antropologia

Instituição

UFPA

Ano

2016

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