O mal-estar docente tem sido compreendido como um processo longo de deterioração do fazer docente, que implica em muitas dificuldades no ambiente educacional, esse processo é resultado de mudanças históricas, políticas, sociais, econômicas e da própria vivência docente que tem repercutido de forma negativa em seu fazer, comprometendo inclusive sua saúde, motivação e engajamento na profissão. Partindo da compreensão do mal-estar docente, questionamo-nos sobre os possíveis efeitos da pandemia e do ensino remoto sobre esse processo, dessa maneira nosso objetivo com esse trabalho foi identificar e analisar o mal-estar vivenciado por professores universitários no ensino remoto emergencial, agravado pela Pandemia Covid 19. Trata-se de uma pesquisa em saúde de abordagem qualitativa, para a qual utilizamos os seguintes instrumentos de coleta de dados: questionário e entrevista semiestruturada. A análise de dados foi realizada por meio da análise de conteúdo. Nossos resultados apontaram tanto para um maior desgaste da profissão, como para adoecimento docente decorrente tanto da pandemia, como do ensino remoto Emergencial. Expressado desde uma intensificação do cansaço profissional até prejuízos mais profundos à saúde, como estresse, ansiedade, problemas na vista e coluna entre outros. Por fim, apresentamos uma proposta de intervenção para promover o bem-estar docente.
Mal-Estar Docente Vivenciado no Ensino Superior: Considerações sobre Pandemia e o Ensino Remoto
Thiago Veríssimo de Paiva Costa
Orientador(a)
Leandro Passarinho Reis Júnior
Leandro Passarinho Reis Júnior
Curso
Psicologia
Instituição
UFPA
Ano
2022