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Jazzes de Igarapé-Mirí: Dimensões Culturais do Entretenimento Musical Moderno no Baixo Tocantins (1940-1970), Os

4 de Abril, 2025 . Dissertações RENATO PINHEIRO SINIMBÚ

A presente dissertação versa sobre as formações musicais Jazzes que existiram no município de Igarapé-Mirí entre as décadas de 1940 a 1970. Estes grupos musicais formatados para o entretenimento e a dança fizeram parte de um diálogo cultural amplo, iniciado nos Estados Unidos e na América Central, que, a partir da década de 1920, direcionados pela indústria fonográfica, se irradiaram para outras partes do mundo. Em Igarapé-Mirí, particularmente, foram “abraçados” pelas elites que os utilizavam para elevar o nível econômico de seus eventos e para demarcar alguns espaços festivos. Por outro lado, os músicos, em sua maioria negros e pobres, viam nesses conjuntos um meio de se profissionalizar e adquirir prestígio social e, dessa forma, tentar superar os problemas econômicos e os preconceitos raciais que enfrentavam. O trabalho procura demonstrar como os Jazzes – correspondentes a uma dimensão cultural inovadora – se desenvolveram em meio às práticas tradicionais de produção e fruição musical disseminadas a partir dos eventos religiosos do catolicismo popular e da dinâmica festiva das comunidades rurais e urbanas do município. Este estudo foi realizado, em grande parte, utilizando entrevistas com moradores do Baixo Tocantins e se apoiou na história de vida de vários músicos para discutir os processos de formação musical, performance, agência, discriminação, resistência e subsistência. Dessa forma, a música foi o meio pelo qual buscamos perceber as relações entre os sujeitos abordados.

Autor(a)

RENATO PINHEIRO SINIMBÚ

Orientador(a)

Antônio Maurício Dias da Costa

Curso

História

Instituição

UFPA

Ano

2019