O trabalho apresentado percorre as trajetórias vividas pelo povo Gavião da Terra Indígena Mãe Maria, no Sudeste Paraense, e propõe compreender o modo como as relações acontencem e definem os espaços que constituem os seus três grupos: Akrãtikatêjê, Kỳikatêjê e Parkatêjê. A ideia é acompanhar os processos de dispersão que envolvem esses grupos, com recorte específico para os Kỳikatêjê, da aldeia Hàkti Jõkrín, buscando entender as diferenciações e movimentos que realizam os Gavião, e contextualizando essa dinâmica através das observações de campo e investigações bibliográficas. Meu objetivo é compreender como a dinâmica de dispersão desses grupos está relacionada ao processo de constituição de seus territórios e as articulações políticas que os grupos estabelecem, em um constante movimento pela busca de sua autonomia. Movimento que pode estar relacionado não somente a sua organização social, mas também à constituição dos processos políticos dos Gavião. Meu interesse, nesse sentido, está focado na circulação de um grupo específico, os Kỳikatêjê da aldeia Hàkti Jõkrín, e na forma como se desenvolveram enquanto tal na Terra Indígena, após uma divisão. As relações territoriais e políticas em que eles se colocam como Parkatêjê, Kỳikatêjê e Akrãtikatêjê, ou mais ainda, como lidam com suas diferenciações, é o interesse neste trabalho.
Hàkti Jõkrín: A Política e a Chefia Gavião
Rayane Gomes da Silva
Orientador(a)
Beatriz de Almeida Matos
Curso
Antropologia
Instituição
UFPA
Ano
2020