A pesquisa discorre sobre o Edifício dos Mercedários do ponto de vista da arqueologia e antropologia urbana nos centros históricos. Por meio de entrevistas com o público externo, dos arredores do prédio, e os frequentadores do Mercedários UFPA são abordados aspectos do cotidiano das pessoas com esse espaço na contemporaneidade, como seus elementos arquitetônicos e seus diferentes usos influenciam no modo como ele é lido e, embora tratar-se de um superartefato, e na maioria das vezes, não ser notado. Para a investigação arqueológica foi utilizada a metodologia geofísica, seguida pelo acompanhamento das obras que ocorriam no espaço e análise do material recolhido, evidenciando vestígios da cultura material escondida no subsolo do edifício, de modo a gerar novas possibilidades de estudo para a história da cidade e seus habitantes. Atualmente o prédio é um dos campus da UFPA, onde funcionam o Curso de Graduação em Conservação e Restauro e o Programa de Pós-Graduação em Ciências do Patrimônio. No século XVII foi fundado como um convento da Ordem dos Mercedários, a partir do final do século XVIII passou a funcionar como Alfândega de Belém, abrigando concomitantemente e posteriormente, entre outras instituições. Seus quase 400 anos nos contam sobre a biografia desse objeto e histórias da interação das pessoas hoje com o espaço, além do fazer arqueológico em uma capital da Amazônia.
Entre o Passado e o Contemporâneo: O Mercedários UFPA e o Fazer Arqueológico e Antropológico em uma Capital Amazônica
Ana Paula Claudino Gonçalves
Orientador(a)
Diogo Menezes Costa
Curso
Antropologia
Instituição
UFPA
Ano
2024