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“Enfermidade Era Dilatada e os Enfermos Infinitos”: OS Efeitos Epidêmicos no Estado do Maranhão e Grão-Pará (1690-1750), A

3 de Abril, 2025 . Dissertações Claudia Rocha de Sousa

O objetivo da presente pesquisa é discutir os efeitos epidêmicos no Estado do Maranhão e Grão-Pará, no final do século XVII e na primeira metade do século XVIII. Trata-se de uma análise pautada na forma como essas epidemias eram descritas por moradores, missionários e autoridades. Nesse sentido, abordaremos questões como: a representação das doenças; o caráter punitivo das doenças, e a subsequente intensidade de rituais religiosos para abrandar a ira divina; as disputas pelo espaço de cura; a falta de medidas preventivas; a mortalidade indígena e suas consequências para as atividades produtivas e na própria defesa do Estado. Em decorrência da elevada mortalidade indígena, e da dependência dessa mão de obra, os moradores queixavam-se de suas mazelas, afirmando que as epidemias deixariam o Estado à beira da ruína. Para remediar essa difícil conjuntura eram constantes as solicitações por resgates, descimentos ou a inserção de escravos africanos. Com base nesses aspectos, nota-se que as epidemias eram percebidas como um fator de desestruturação econômica e social na Amazônia colonial.

Autor(a)

Claudia Rocha de Sousa

Orientador(a)

Rafael Ivan Chambouleyron

Curso

História

Instituição

UFPA

Ano

2017