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Éguas & Caboclos: As Representações de uma Paraensidade a Partir de Anúncios Publicitários e Vídeos Compartilhados em Mídias Sociais

9 de Abril, 2025 . Teses Robson Cardoso de Oliveira

Este trabalho teve como objetivo de investigar os significados de ser paraense a partir de uma construção em anúncios publicitários produzidos na cidade de Belém do Pará e vídeos compartilhados em mídias sociais. A análise centrava-se em perceber os sinais diacríticos, as práticas e os costumes acionados que remetiam a uma construção de paraensidade sendo visualizada como uma raiz cabocla. Nesse sentido, realizei conversas com produtores, atores, criadores de comerciais, bem como pessoas que elaboram um conteúdo regional disseminado nas redes sociais na internet, os Youtubers. Para além disso, uma etnografia de tela por meio da análise de 54 anúncios e 15 vídeos. Como resultado, percebi que a paraensidade na mídia não é tão recente, um processo iniciado na literatura e nas artes ao longo do século XX, chegando até a publicidade na década de 1980. Hodiernamente, quando acionada, é operada em demasia no que denominei de “exagero proposital”, no qual se percebe uma ênfase em mostrar um ser paraense combinado a símbolos étnicos (Motta-Maués 1989). Contudo, essa situação não engendra uma única performance dessa identificação. Nesse sentido, é possível visualizar uma raiz cabocla que sustenta múltiplas formas de expressar essa marca de paraensidade.

Autor(a)

Robson Cardoso de Oliveira

Orientador(a)

Cristina Donza Cancela

Curso

Antropologia

Instituição

UFPA

Ano

2020