O objetivo desta tese é investigar como o arquiteto bolonhês Antônio José Landi, entre 1753 e 1791, manejou modelos de matrizes italianas de diferentes temporalidades e tradições nos seus desenhos em Belém, aproximando a leitura dos testemunhos imagéticos e uma história social da arquitetura. As fontes principais desta pesquisa são os desenhos e gravuras do arquiteto executados em todas as suas fases, desde estudos realizados na Academia Clementina até seus exercícios profissionais na Itália, Portugal e Brasil. Busca-se aqui analisar o vigor, a potência e a eficácia do movimento das imagens produzidas por Landi como campo da memória, seja no desenho, pintura, gravura ou relato de arquitetura e decoração. Nessa operação de armazenamento, manutenção, transmissão e transformação entre o visto, o lido, o estudado e o executado, está a base da metodologia que se procura seguir na abordagem do presente estudo, em diálogo com obras que, em grande medida, estabelecem interlocução com o método proposto por Aby Warburg na interpretação e leitura das imagens. Com isso, procuramos construir um ‘portfólio’ do arquiteto bolonhês, onde, acredita-se, está o ponto de partida de suas ideias, do seu aprendizado, assim como o ethos de sua arquitetura.
Desenhador de Belém: Antônio José Landi e o Movimento das Imagens na Amazônia Colonial (1753-1791), O
Elna Maria Andersen Trindade
Orientador(a)
Aldrin Moura de Figueiredo
Curso
História
Instituição
UFPA
Ano
2017