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Considerações Psicanalíticas sobre a Mulher: Do Continente Negro Freudiano ao A Mulher não existe Lacaniano

17 de Abril, 2025 . Dissertações Alcione Alves Hummel Monteiro

Essa dissertação objetiva explicitar algumas das considerações psicanalíticas sobre a posição subjetiva da mulher. Para tanto, a pesquisa orienta-se a partir dos textos clássicos de Freud e dos escritos e seminários de Lacan, em conjunto com alguns de seus comentadores. Para Freud, a mulher sempre foi descrita como um enigma que pedia decifração, tendo sido num momento inaugural da psicanálise que ele escutou o sofrimento histérico. Esta escuta o conduziu a outras investigações de importante relevância para a construção da psicanálise: foi por essa via que, nela, a mulher fez sua. Fazendo-se presente em vários outros momentos da obra freudiana, é possível verificar que, num primeiro momento, ela revelava-se como esse enigma que pede a decifração do artista, enquanto que, num segundo, apareceu como um continente negro. Lacan, por sua vez, partiu das elaborações freudianas para pensar a subjetividade feminina, e isso o permitiu percorrer outros caminhos na tentativa de esclarecer alguns pontos que continuavam obscuros. Freud, após pesquisar os sintomas histéricos. investigou os efeitos do Edipo na menina, concluindo que, nela, o processo seria mais longo. complexo e com possibilidade de outros desdobramentos. As investigações lacanianas avançaram, permitindo elaborações como: a mulher está entre o simbólico e o real, ou seja, está imersa na lógica do todo e não-todo. Isto equivale dizer que ela está submetida à castração, mas também situa-se fora dela o que, por conseguinte, a aproxima do real. Devido tal aproximação, a modalidade de gozo também é outra. Com isso, a mulher sofre os efeitos do que está para além da castração, do simbólico ou seja, o real.

Autor(a)

Alcione Alves Hummel Monteiro

Orientador(a)

Roseane Nicolau

Curso

Psicologia

Instituição

UFPA

Ano

2013