Nesta pesquisa abordo a joalheria paraense produzida, exposta e comercializada no Polo Joalheiro no município de Belém-PA, instalado no Espaço São José Liberto. Para mergulhar na produção dessas artes do corpo, carregadas de múltiplas significações ao longo de sua história, procuro acompanhar trajetórias, saberes e fazeres das designersartistas Rosângela Gouvêa, Selma Montenegro, Barbara Müller, Lídia Abrahim e Clarisse Fonseca. Dessa forma, investigo as produções em joias, por meio das histórias, cursos de formação, experiências de vida, influências diversas, exposições e premiações, bem como a construção das identidades dessas mulheres. O repertório criativo e compositivo das designers-artistas revela os mais variados temas, do regional amazônico ao tradicional universal, os quais são elaborados pelo uso de elementos simbólicos, materializados em suas produções. Para o alcance desse entendimento, exercito a experiência cartográfica em observações participantes, assim como a coleta de informações por meio dos processos de afloramento de memórias pessoais, profissionais e sociais. A fundamentação teórica versa sobre as premissas da Antropologia Pós-Moderna e da História Oral em diálogo com os Estudos Pós-coloniais. Dessa forma, ressalto que estas mulheres elegeram o universo das joias como linguagem para expressar a afetação social e suas próprias histórias de vida. Com isso, tornaram suas produções artísticas em verdadeiros exercícios autobiográficos os quais geram outras narrativas e alegorias.
Cartografia de Joias Paraenses: Trajetórias, Saberes e Fazeres de Designers-Artistas do Polo Joalheiro em Belém do Pará
Amanda Gatinho Teixeira
Orientador(a)
Agenor Sarraf Pacheco
Curso
Antropologia
Instituição
UFPA
Ano
2016