Esta pesquisa se propõe a compreender o teatro experimental contemporâneo em Belém, a partir da experiência de formação do grupo Cena Aberta, durante a década de 1970 até o final dos anos 80, do século XX. Marcado pela forte expressão corporal em cena, o grupo Cena Aberta encontra-se dentro de um recorte temporal de discussões, movimentos e pressões pelo fim da ditadura. Sendo assim, buscou-se descortinar o “não dito” deste movimento cênico e perceber as relações entre o teatro e a sociedade, distanciando-se de abordagens dicotomizadas. O teatro, nesta investigação, emerge como uma arte subjetiva de representação e ressignificação da própria sociedade. A narrativa foi construída com as memórias orais, escritas e imagéticas do grupo Cena Aberta, transitando pela construção, amadurecimento e luta política desse grupo que marcou a história do teatro experimental em Belém. Para isto, buscou-se dialogar com conceitos da memória, da cultura e da arte como modos de vida em sua totalidade, além de perceber as redes e práticas coletivas dos “mundos da arte “presentes no grupo, para só assim, compreender como o Cena Aberta se configurou como um espaço de luta política da categoria do teatro experimental.
Abrem-se as Cortinas: Arte, Política e o Teatro Experimental na Trajetória do Grupo Cena Aberta em Belém (1976-1990)
Maria Rosa Cunha da Costa
Orientador(a)
Agenor Sarraf Pacheco
Curso
História
Instituição
UFPA
Ano
2023