O campo etnográfico desta pesquisa situa-se no município de Marabá, região sudeste do estado do Pará. Com a intenção de descrever a constituição do que estou chamando de circuito daimista marabaense, analiso as cisões que ocorreram nos centros do Santo Daime na cidade. As dissidências são comuns no processo de expansão dessa religião ayahuasqueira. Nesta dissertação, procurei refletir a partir da categoria de “indisciplina”. Uma vez que a disciplina é valorizada pelos praticantes desta religião, seu oposto – a “indisciplina” – é a categoria que utilizo para entender os comportamentos divergentes de homens e mulheres cisgêneros e transgêneros envolvidos em rixas e rachas nos centros daimistas. Apresento algumas situações etnográficas e mobilizo-as como dramas de gênero. Os episódios aqui narrados trazem elementos para pensar tradição, modernidade e identidades sexuais e de gênero na Amazônia brasileira.
“A Igreja Rachou”: Uma Etnografia das Dissidências e Dramas de Gênero no Circuito Daimista de Marabá – PA
Alana Pereira da Silva
Orientador(a)
Júlia Otero dos Santos
Curso
Antropologia
Instituição
UFPA
Ano
2024