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Carreira e Remuneração dos Professores da Educação Básica: Implicações do FUNDEB e do PSPN na Rede Municipal de Vigia de Nazaré

29 de Abril, 2025 . Dissertações Maria Madalena Vieira da Silva

O estudo analisa a Carreira e a Remuneração dos professores da Educação Básica pública, no contexto da política de fundos e do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN), tem o objetivo de identificar as implicações dessas políticas para a carreira e a remuneração dos professores da rede municipal de Vigia de Nazaré – PA, na perspectiva de apontar os principais avanços e as contradições em relação à valorização docente. Como metodologia, adotou-se a pesquisa documental e a utilização de entrevistas semiestruturadas com professores e coordenadores da seção sindical dos docentes (SINTEPP/subsede Vigia). Como principais fontes, utilizamos legislações municipais que tratam sobre a carreira e a remuneração de professores (a Lei nº 136, de 16 de abril de 2012 – PCCR e a Lei municipal nº 284, de 13 de fevereiro de 2017, que definiu o Piso dos Profissionais do magistério público da educação básica do Município de Vigia de Nazaré), contracheques de professores e legislações afins. A análise considerou como indicadores: 1) critérios de ingresso na carreira de professores; 2) configuração da carreira, considerando seus níveis e classes; 3) critérios de movimentação na carreira dos professores; 4) incentivos à formação inicial e continuada; 5) composição da jornada dos professores; e, 6) A composição da remuneração dos professores. Os resultados apontam que com a política de fundos houve algumas mudanças nas políticas municipais, que sinalizam no sentido da valorização docente, como a criação do primeiro Plano de Carreira em 2012; a adoção de concurso público como forma de ingresso na carreira; o financiamento de cursos de formação inicial para os professores da rede. No entanto, ficou evidente a (Des) valorização dos professores da rede, pois grande parte dos dispositivos do PCCR/2012 que induzem à valorização docente ou não são contemplados no PCCR, a exemplo da licença para capacitação docente ou quando existentes, ou não são concretizados na prática. Tanto a criação do Piso do Magistério em âmbito municipal em 2017 (PPM), ressalta-se insconstitucional, como a existência da lei federal do piso do magistério (PSPN) desde 2008, legitimaram o rebaixamento do vencimento dos professores, que vinha sendo praticado pela rede municipal. Ficou também demonstrado neste estudo que as políticas públicas que versam a respeito da carreira e da remuneração dos professores se materializam a partir de condições determinadas no processo histórico, como produto de disputas, na maior parte antagônica com interesses contraditórios.

Autor(a)

Maria Madalena Vieira da Silva

Orientador(a)

Dalva Valente Guimarães Gutierres

Curso

Educação

Instituição

UFPA

Ano

2023