Esta pesquisa teve como principal objeto a genealogia do acontecimento decolonial na produção de saberes da Psicologia brasileira a partir de dissertações e teses. O percurso metodológico realizado se estabeleceu por meio de uma genealogia e cartografia histórico-documental de cinco produções de dissertações e teses da Psicologia, encontradas no repositório da CAPES, localizado na Plataforma Sucupira, no período de 2018 a 2020. Utilizou-se como lente de análise o feminismo decolonial, sendo que foram pensados os conceitos de Colonialidade, nos usos que deles são feitos pela Psicologia brasileira nas suas relações com os efeitos nas produções de saberes e de corpos das mulheres latinoamericanas. Buscou-se problematizar como o Feminismo decolonial emergiu como uma proposta de resistir à colonialidade no campo acadêmico da Psicologia enquanto ciência, instituído em dissertações e teses. Ainda visou interrogar como foi o processo de resistências por meio do Feminismo decolonial para a crítica na Psicologia, tecida como crítica às afirmações de colonialidades e práticas de descolonização. Sendo assim, utilizouse as tensões mobilizadas pelas críticas ao feminismo hegemônico e à problematização dos saberes por meio das relações que operavam as demarcações de raça, gênero, classe, território e poder. Por fim, pensou-se como a Psicologia brasileira problematizou, interrogou e forjou resistências, ao transversalizar e coletivizar as práticas produtoras de colonialidades.
Genealogia de Alguns Estudos Decoloniais na Produção de Saberes da Psicologia Brasileira de 2018 a 2020
Lucíola Santana Pastana Silva
Orientador(a)
Flávia Cristina Silveira Lemos
Flávia Cristina Silveira Lemos
Curso
Psicologia
Instituição
UFPA
Ano
2022