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Ser Mulher, Negra e Docente Universitária: escrevivências Possíveis

25 de Abril, 2025 . Dissertações Adriana Helena Moraes e Moraes

Este trabalho pretende analisar as escrivivências por meio da autobiografia e história oral, microhistória e genealogia, com a recepção de Conceição Evaristo com os estudos sobre negritude. O objeto foi a autobiografia e a escrivivência de uma mulher, professora negra, na Amazônia paraense, na sua formação, currículo, inserção em associações e movimentos sociais e no exercício docente. Trata-se de trabalhar com a escrivivência a partir da singularidade e da visibilidade da memória afetiva, cultural e política da constituição de uma mulher negra como docente na formação, na atuação profissional docente, na articulação em movimentos sociais, em grupos de trabalho sobre relações étnico-raciais e nas associações científicas. O trabalho da construção de uma escrita de si é forjado nas anotações no diário de campo da pesquisadora e na análise do mesmo, a partir dos objetivos da pesquisa que foram os seguintes: Como objetivo geral: Investigar e analisar a minha trajetória profissional de docente negra, tomando um estudo de caso da minha experiência, a partir da autobiografia e das minhas escrivivências no ensino superior, na Amazônia paraense. Como objetivos específicos: Identificar os percursos que eu realizei ao longo do processo de formação educacional e profissional no que tange a minha carreira, currículo e atuação na docência superior, analisando os vieses racistas na minha formação e atuação profissional; analisar os desafios que eu enfrentei, minhas participações em associações e em movimentos sociais ligados à negritude e às relações étnico-raciais na educação e na atuação docente, delimitando as nuances racistas vividas. Entre os resultados, é possível afirmar que uma mulher negra se autoriza, escreve em nome próprio como docente e pesquisadora com suporte de políticas afirmativas, apoio da família com a força da ancestralidade, sustentação espiritual e alianças com movimentos sociais. Sem estas redes de apoio não haveria como enfrentar a violência do racismo estrutural.

Autor(a)

Adriana Helena Moraes e Moraes

Orientador(a)

Leandro Passarinho Reis Júnior

Leandro Passarinho Reis Júnior

Curso

Psicologia

Instituição

UFPA

Ano

2023