A morte certifica o fim da existência humana e impulsiona questionamentos a respeito da qualidade do viver antes que esta venha ocorrer, na etapa do ciclo da vida que podemos referir como a da finitude do viver. Em se tratando de processos oncológicos com o agravamento da doença, os esforços das equipes de saúde são direcionados às medidas de conforto e segurança que possibilitem o bem-estar físico, psíquico e espiritual. São necessários esforços contínuos, no sentido de favorecer o alcance desses objetivos por partes das equipes de saúde. Esse estudo busca contribuir à elucidação do que significa dignidade no fim da vida de pacientes oncológicos, na clínica de cuidados paliativos. Trata-se então de uma pesquisa que pretende produzir conhecimento com o intuito de contribuir, ser considerado e/ou referido por parte das equipes de saúde para a tomada de decisões, a fim de favorecer a dignidade na finitude do viver. Para tanto, são abordadas a questão da dignidade humana enquanto um valor absoluto, à luz da declaração universal dos direitos humanos e do Estado Democrático de Direito; a ontologia dimensional de Viktor Frankl; o câncer como um problema de saúde pública, sendo ressaltado o estigma que gira em torno da doença; e dos cuidados paliativos disponibilizados aos pacientes oncológicos. No mais, a dignidade humana é discutida como fundamento da humanização dos cuidados paliativos. Conclui-se que esse valor, assim como a ontologia dimensional de Viktor Frankl, corroboram para as ações voltadas à dignidade no processo de finitude.
Dignidade no Fim da Vida e Logoterapia: Contribuições à Clínica de Cuidados Paliativos a Pacientes Oncológicos
Ricardo dos Santos Souto
Orientador(a)
Airle Miranda de Souza.
Curso
Psicologia
Instituição
UFPA
Ano
2019
