Esse trabalho começou com pontuais inquietações acerca da concepção de alguns teóricos sobre a suposta dicotomia entre relações virtuais e relações socias. Alguns teóricos questionam a virtualidade, acreditando que a tecnologia veio para afastar os homens e tornar as relações rarefeitas e sem valor, as relações teriam se tornado narcísicas, sem o reconhecimento do outro. Neste contexto, procuramos discutir sobre o avanço da tecnologia nas mais diversas áreas, principalmente, na utilização da virtualidade associada à tecnologia para relacionamentos interpessoais. Primeiramente, recorremos ao histórico da computação e Internet, depois apresentamos alguns autores que tratam a tecnologia de forma positiva e outros, de forma negativa. Após isso, resgatamos o conceito de fantasia em Freud e Lacan para mostrarmos que a fantasia delimita a realidade de cada um, e que cada sujeito se utiliza de quaisquer ferramentas de acordo com seu desejo. No terceiro aspecto, resgatamos a noção da relação de objeto em Freud e Lacan, acabando com a ideia de uma relação dual, na qual houvesse um objeto que aplacasse o desejo, para assim mostrar que o que move a relação do sujeito com o mundo é justamente a falta de objeto. Por fim, utilizamos o filme Her (JONZE, 2013) para respondermos como, nesse caso, a fantasia foi capturada pela virtualidade.
Internauta e o Fantasiar, O
Gessé Duque Ferreira de Oliveira
Orientador(a)
Paulo Roberto Ceccarelli
Curso
Psicologia
Instituição
UFPA
Ano
2017