Na década de 70 Foucault entra num debate com geógrafos acerca da noção de poder, e através de suas reflexões arqueológicas e genealógicas, ressalta em suas pesquisas a importância da noção de espaço para se compreender o poder como relação e produtor de saber. No presente trabalho, a partir de suas obras da década de 70, especificamente das que tratam sobre o poder disciplinar, objetivou-se: 1) problematizar a história do espaço realizada por Foucault, utilizando conceitos da arqueologia e da genealogia, em suas pesquisas que tratam sobre o poder disciplinar; 2) compreender a relação que ele teceu entre espaço, poder disciplinar e subjetivação; Através destas questões percebeu-se que mecanismos disciplinares, que funcionavam na Idade Média em espaços religiosos e de ascese, perderam seu caráter de criticidade frente à soberania, e foram utilizados como regras gerais de dominação. Através do modelo do panóptico, o poder disciplinar tem a tendência, não só de melhorar as funções as quais se liga, mas também de levar seus mecanismos e efeitos em outros espaços, não só realizando determinadas conexões e redes de domínio, mas também em meio aberto. Por fim, nota-se a partir de tais obras, que desdobramentos em torno das práticas psiquiátricas e penais, não só se possibilitaram organizar outras instituições, outros saberes, outras disciplinas, mas como também fizeram a normalização como meio de controlar corpos nos mais variados espaços pela via da individualização.
História do Espaço, Poder Disciplinar e Subjetividade em Obras de Michel Foucault na Década de 1970
Diego Henrique da Silva Trujillo
Orientador(a)
Flávia Cristina Silveira Lemos
Flávia Cristina Silveira Lemos
Curso
Psicologia
Instituição
UFPA
Ano
2017