Este estudo está inscrito no campo da Psicologia Social e segue linhas rizomáticas inspiradas no pensamento filosófico de Deleuze e Guattari. A partir de um plano de imanência referenciado na comunidade quilombola do Caeté, situada no município de Abaetetuba (PA), seu território material, imaterial, sua geografia, seus habitantes humanos, não humanos, seus feitiços, seus fluxos de forças, acontecimentos constantes e suas multiplicidades de saberes, objetivo traçar uma proposta cartográfica que aponte saídas à questão do risco e vulnerabilidade social apresentada pela Política Nacional de Assistência Social como conceito estruturante e a meu ver estigmatizante. Por meio de entrevistas individuais, rodas de conversa e diário de campo como fontes primárias e outras referências (teses, dissertações, artigos, livros etc.), problematizo se o discurso que enquadra quilombos e quilombolas como “naturalmente” vulneráveis, não implicaria em uma forma de estigmatização. Outrossim, intenciono desconstruir esse discurso ao pautar as experiências vividas como um trânsito entre normatizações e experimentos de liberdade-invenção. Longe do desejo de contraposições cegas ou de polarizações de saberes, busco uma postura de abertura e criações de passagens a novas reflexões que dê visibilidade a outros processos de subjetivação e lançe contribuições para novos desenhos de políticas públicas na Amazônia paraense, para a Psicologia Social, bem como para áreas afins, propondo fundamentos para novas práticas.
Quilombo Caeté: Japiins, Cafezinhos, Igarapés – Margeando Finos Feitiços
Antonino Alves da Silva
Orientadores(as)
Pedro Paulo Freire Piani
Maria Lúcia Chaves Lima
Maria Lúcia Chaves Lima
Curso
Psicologia
Instituição
UFPA
Ano
2016