A sonata de Alban Berg desafia qualquer apreensão tradicional de seu conteúdo – seu lugar enquanto uma das grandes obras da modernidade também advém de seu posicionamento que, em vez de confirmar, desafia e provoca o conhecimento por meio de uma forma musical que visa a própria aniquilação. Este trabalho pretende empreender um esboço de sua interpretação, mas em seus próprios termos. Conjugando conhecimentos psicanalíticos (especialmente aqueles de índole lacaniana) e a filosofia dialética de Theodor Adorno, faz-se uma análise da estrutura formal e interna da obra, análise essa que é cotejada com diversos trabalhos de teóricos da análise musical, como Antony Pople e Douglas Jarman. Ao seu fim, este trabalho analisa não somente a música, mas as próprias possibilidades de apreensão de uma obra de arte através da psicanálise e qual o papel crítico que tal leitura pode possuir.
NARCISSUS IN MUSICA Considerações Psicanalíticas e Filosóficas sobre a Sonata Op. 1 de Alban Berg
José Ribamar Lima Carneiro
Orientador(a)
Ernani Pinheiro Chaves
Curso
Psicologia
Instituição
UFPA
Ano
2014