Esta dissertação é uma etnografia realizada a partir de um coletivo de graffiti chamado Freedas Crew. Esta crew é formada por quatro mulheres e um homem trans que, após frequentarem uma oficina de graffiti só para mulheres, idealizada por Michelle Cunha (artista visual e grafiteira), resolveram criar um coletivo capaz de fazer intervenções artísticas na Grande Belém. O objetivo deste estudo é apresentar como um coletivo de mulheres e pessoa trans se organiza e se relaciona em um cenário que privilegia a presença masculina, assim como externar quais aprendizados circundam esta prática coletiva. O campo de pesquisa, logo nas primeiras aproximações, se revelou fértil e generoso. Por meio da oficina, me foi possível adentrar neste universo do graffiti não só como pesquisadora, mas também como aprendiz dessa arte. Sendo assim, me apropriei da experimentação como caminho a ser traçado nesta investigação, atrelando conhecimento teórico simultaneamente ao aprendizado das inúmeras técnicas e moralidades que envolvem o graffiti. Esta arte, como os demais elementos do movimento hip hop, também protagoniza a presença masculina em detrimento da feminina. Diante disso, não só a experimentação foi direcionada pelo campo, mas a questão de gênero também se mostrou latente. Além da experimentação vivenciada com as integrantes do coletivo e a cena de graffiti, foram realizadas algumas entrevistas que trouxeram novos elementos de análise.
Pintando Com Elas: Uma Etnografia a Partir do Coletivo de Graffiti Freedas Crew
Thayanne Tavares Freitas
Orientador(a)
Fabiano de Souza Gontijo
Curso
Antropologia
Instituição
UFPA
Ano
2017