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Arqueologia e Etnicidade na Amazônia Oriental: O Caso do Engenho Murutucu em Belém do Pará.

10 de Abril, 2025 . Dissertações Iberê Fernando de Oliveira Martins

O presente trabalho tem como objetivo apresentar os resultados obtidos a partir da reflexão em torno dos vestígios cerâmicos provenientes do engenho Murutucu, localizado no perímetro urbano da Belém, Pará. O estudo tem início com a apresentação de alguns dados históricos a respeito da trajetória de ocupação oficial do engenho Murutucu e relata as pesquisas arqueológicas que já foram efetuadas no local. Após isso, discorremos os caminhos percorridos pela arqueologia, de seu início em antiquários até algumas abordagens mais recentes da arqueologia pós-processual, dando enfoque à arqueologia da escravidão, apresentamos também teorias que tratam da complexidade em torno dos conceitos de etnicidades e da análise dos vestígios cerâmicos existentes em ambientes de escravidão, refletindo em torno da dificuldade (ou até mesmo a real possibilidade) de identificar os grupos étnicos que a produziram, dentro dessa discussão são traçados os conceitos existentes em torno da colono-indian-ware norte-americana e as definições das duas categorias correlatadas no Brasil, a cerâmica Neobrasileira e a cerâmica de produção Local/Regional. A dissertação segue expondo o processo de análise dos vestígios cerâmicos e quais atributos foram utilizados, discorrendo em seguida os dados obtidos a partir da análise e a descrição dos resultados observados com base nas correlações entre as variáveis encontradas. Findando com a reflexão entre os resultados alcançados e a bibliografia existente, em uma tentativa de compreender o cotidiano dos grupos escravizados no engenho Murutucu.

Autor(a)

Iberê Fernando de Oliveira Martins

Orientador(a)

Diogo Menezes Costa

Curso

Antropologia

Instituição

UFPA

Ano

2015